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domingo, outubro 06, 2013

Coisa de cinema

Andei pensando sobre a importância do cinema em minha vida e cheguei à conclusão de que esse sim seria um bom assunto para acabar com o jejum do Budega!

Infelizmente, não vou ao cinema com a frequência de que gostaria, mas vivi coisas incríveis nesse acolchoado santuário de cultura e entretenimento.

Minha primeira lembrança de cinema é filme d'Os Trapalhões. E depois Power Rangers (não riam, eu "era" a Trini, a ranger amarela, rs).


Já adolescente, graças às sessões a R$1 do extinto e saudoso Cine Santa Cruz - hoje, Igreja Universal do Reino de Deus (novidade, né?) - ia com a galera toda semana, o que me lembra do primeiro caso curioso que vivi diante das telonas: após assistirmos à toda saga Star Wars, fomos animadíssimos para ver O Retorno de Jedi. Porém, na metade do filme, já estávamos estranhando muito a ambientação do filme e a falta de participação das personagens típicas da saga... Somente no fim do filme, cheios de "pulgas atrás das orelhas", descobrimos que O Retorno de Jedi já tinha saído de cartaz, e que o filme em questão era O Paciente Inglês. Parecidíssimo, não é? Qualquer um teria feito a mesma confusão...


Mais tarde, fui ao cinema pela primeira vez com um namorado. Fomos para assistir à Independence Day, mas perdemos o horário da sessão e acabamos assistindo à Tieta do Agreste. Meus pais nunca souberam disso, hahaha...

Apaixonada por animação, e isso não é novidade para quem me conhece, chorar na cena em que Shrek pede desculpas à Fiona por não valorizar a família, em Shrek Para Sempre, é clássico... Mas como segurar as lágrimas diante da explosão de cores no final de Madagascar 3, introduzida por Fireworks, da Kate Perry? Uma das experiências mais lindas foi ver a criançada toda, ao final do filme, aplaudir freneticamente o que acabaram de assistir.


Lágrimas e aplausos também fizeram companhia na sessão de estreia de O Artista, prova de que uma imagem vale mais que mil palavras.


Ir ao cinema com meus alunos também é sempre uma surpresa. Em 2011, assistimos à Tropa de Elite 2 e foi de arrepiar! A galera compenetrada, torcendo pelo herói nacional, Capitão Nascimento. No ano passado, fui com a galerinha do sétimo ano ver Até que a sorte nos separe. Gargalhada garantida!

Mas a lembrança que gerou essa publicação é mais recente. O ano de 2013 foi um ano muito feliz para os legionários. Faço parte do fã clube físico da Legião Urbana mais antigo, ainda em atividade no Brasil, Todos Numa Só Legião, há 16 anos. Fomos em "galerão" assistir à Somos tão Jovens e foi uma experiência única. A sala toda cantando junto, se emocionando junto com os trejeitos e atuação impressionantes de Thiago Mendonça, e rindo horrores com a caricatura que fizeram de Herbert Vianna. E no fim, não levantamos do lugar até a última letrinha dos créditos descer. E o aplauso foi demorado. Esperávamos há muito tempo por este filme.


Mas eu acho que nada supera a emoção vivida com a galera do TNSL, na sala do Ponto Cine, com Faroeste Caboclo! Roteiro e direção impecáveis, atuação idem. História fiel, participações maravilhosas, trilha sonora de tirar o fôlego! E na cena final, em que, antes de morrer, João de Santo Cristo atira em Jeremias... A sala toda contando os tiros, para ver se seriam cinco, como na música... E no quinto tiro, uma gritaria e uma comemoração digna de final de Copa do Mundo!



Desejo ardentemente muitos momento curiosos, hilários e emocionantes como os citados acima, que gerem boas histórias e boas lembranças. Coisas que só o cinema é capaz de fazer...

terça-feira, março 29, 2011

Carta para um anjo



A calada da noite,
É quando as lembranças mais doem.
A lembrança de um carinho, uma palavra, um afago,
A saudade de um abraço
Que nunca mais terá.
Aí vem a tristeza
De ter perdido o ser mais importante do mundo...
Um ser iluminado...
Um ser que te deu a vida!
E junto vem a saudade
Do colinho, do consolo, do afeto.
De alguém que, por você,
A vida entregaria a Deus sem pensar.
Com tudo isso vem o remorso,
De não dizer coisas que precisavam ser ditas,
Na hora em que era possível se dizer.
De dizer: “-obrigada por tudo!”
Por um tempo que nunca,
Nunca mais vai voltar.

Então vem a lição de vida,
Coisas que a gente só percebe quando perde,
As broncas sem sentido,
As mágoas que pareciam exageradas,
Mas quando a gente cresce...
Aprende a reconhecer o peso dos gestos
E a dureza das palavras.
Palavras que magoam, que ferem,
Palavras suaves que doem mais do
Que as pronunciadas rispidamente.

O problema de se esperar que o tempo conserte tudo,
É que o tempo não volta atrás.
E deixa uma angústia...
Tantos “Eu te amo” poderiam ser ditos,
Quantos pedidos de perdão deveriam ser feitos,
E ficaram perdidos por aí... No tempo!

O tempo não foi feito para consertar nada,
As atitudes sim.
Fazer o que tiver de ser feito hoje,
E amanhã colher a sensação de dever cumprido.
É assim que funciona.
Ou então, conviver com o vazio, com o arrependimento.

Eu queria que você ainda estivesse aqui.
Eu queria que você pudesse ver que eu aprendi a lição.
Eu queria você aqui para um último abraço,
Uma última risada.
Uma última oportunidade de dizer: Eu te amo!
Eu queria apenas que você pudesse me ouvir...



domingo, março 27, 2011

Especial Pearl Jam - Folha Urbana

Revirando meus escritos, encontrei os rascunhos dos meus textos publicados no Fanzine Folha Urbana (que agora é virtual!) e achei interessante registrá-los aqui.
As postagens não seguirão nenhum tipo de ordem cronológica, pois são "mini-biografias" de bandas, e independem dessa ordem.
O texto a seguir foi publicado na edição nº 11 da Folha Urbana, na coluna "Especial", em março de 2006.


Shows para os estados do amor e da confiança

  Começou com o baixista Jeff Ament e com o guitarrista Stone Gossard, em meados de 1980, onde tocavam em uma banda em Seattle. Uma banda que não teve muito futuro. Em 87, Ament e Gossard saíram a caça de um novo vocalista para formar uma outra banda. Acharam  Andrew Wood, de apenas 22 anos. Assim nasceu a banda Mother Love Bone, que agradou muito, chamando, inclusive, a atenção do baixista do Kiss, Gene Simmons.
Em 1990 a banda chegou ao fim, após a prematura morte de Andrew, por overdose de heroína.
  Gossard e Ament se juntaram ao guitarrista Mike McCready e gravaram uma fita-demo só com instrumentais. Fita essa que, através de Jack Irons (ex-Red Hot Chilli Peppers e futuro bateirista da banda), foi parar nas mãos do "Cantor-jogador de basquete" Eddie Vedder, que gravou seus vocais por cima das músicas, colocando a letra nas canções, sagrando-se assim, o vocalista absoluto da banda.
   Mas a banda precisava de um nome.  E seu nome quase foi Mookie Baylock, em homenagem a um jogador de basquete do New Jersey Nets. Porém, por causa da avó de Eddie, que se chamava Pearl, e de suas geleias (Jam) de efeito alucinógenos usada em tribos indígenas, a banda acabou sendo batizada de Pearl Jam.
   A primeira apresentação do grupo foi em 22 de outubro de 1990, em Seattle. Em 1991, graças ao renome alcançado pela Mother love Bone, O Pearl Jam assinava com a Epic Records, lançando logo em seguida seu álbum de estréia, "Ten". Depois disso, houve um troca-troca na bateria, assumindo as baquetas Dave Abbruzzese.
 Daí pra cá, o que todo mundo sabe: Um sucesso em cima de outro! A banda abria shows de bandas consagradas como U2, Red Hot Chilli Peppers e Neil Young. Até nas telonas eles pintaram, no filme "Singles- Vida de solteiro", onde Gossard, Ament e Vedder participaram, além de, claro fazer parte da Trilha sonora com as músicas "Breath" e "State of love and Trust".
   Em 1993, foi lançado "Vs", com a intensão de evitar as constantes invasões de privacidade da imprensa, onde, como castigo, não fizeram vídeo clipe.
     Em 1994, depois de cancelar uma turnê por entrar na justiça contra a empresa Ticket Master (acusada de monopólio e de vendagem de ingressos a preços exorbitantes), foi lançado "Vitalogy", sendo o primeiro lugar em vendagem na Billboard. Foi aí que mais uma vez  a bateria foi substituída, entrando finalmente, Jack Irons.
    Em 1996 a banda lança "No code", seu quarto disco, que não foi um grande sucesso comercial. Em 1997, a banda abriu 4 shows do Stones, com direito a participação de Vedder nos vocais em "Waiting on a friend". Já em 1998, a banda volta à cena com "Yield", onde quebraram o jejum de clipes, mandando ver em "Do the evolution"
    Em meados de 1998, o baterista Jack Irons aborta da banda (caraca!). O ex- Soundgardem Matt Cameron assume, arrebentando na turnê norte-americana, que virou o cd ao vivo "Live on two legs", no final desse mesmo ano.
    Depois de algum tempo sem desfilar nas primeiras posições do rankin musical, é gravado um single da música "Last kiss" (de J. Frank Wilson and Cavaliers, de 1964), chegando à vice liderança da Billboard. Essa canção foi incluída na coletâne "Sem fronteiras- Em benefício dos refugiados de Kosovo", lançado no mesmo ano.
   Seu sexto disco "Binaural", veio em 2000, produzido por Brendan O'brien, velho amigo da banda.
   Em 2001 foi lançado o primeiro vídeo da banda: o DVD/VHS "Pearl Jam: Tourning band 2000", tendo mais de 100.000 cópias vendidas só nos EUA.
   Porém, disco inédito somente no ano seguinte, 2002. O sétimo álbum da banda, "Rio Act", colocando um ponto final em seu contrato com a Epic (agora eles fazem parte da Sony Music).
   Em 2003, lançou seu primeiro cd de gravadora nova, “Lost dogs”. O cd duplo ainda está colhendo seus bons frutos, tanto que, a banda, que dividiu o palco com grandes astros do Rock - entre eles Doors, U2, Rolling Stones, Ramones, Soundgardem, REM, Bad Religion - para delírio dos fãs, que há 15 anos esperavam por este momento, veio ao Brasil para um megashow em Porto Alegre (28/11) , um em Curitiba (30/11), dois em São Paulo (2 e 3/12) e um no Rio de Janeiro (04/12).  Quem esperou tanto tempo afirma não ter ficado decepcionado e agradece pelo resto da vida pela oportunidade de ter participado de um show como esse. É, sem dúvida, um episódio para ser lembrado pro resto da vida!
“... Eu sou combustível, vocês são amigos
Nós temos os meios para fazer emendas
Eu estou perdido, eu não sou nenhum guia
Mas eu estou ao seu lado...”
(Leash)

terça-feira, março 22, 2011

Poema de Merda

Pois é. Muita cara de pau vir aqui, depois de tanto tempo sem blogar, e postar um "Poema de Merda". Fazer o quê? É inspirador!

Poema de Merda

Essa noite eu tive piriri
Quase não consegui segurar
E foi no reflexo que corri
E a lâmpada resolveu queimar.

Que sacanagem foi aquela?
Me deixar assim no furo
Nenhuma lanterna, isqueiro ou vela,
Eu não sei cagar no escuro!

(Mychelle Limfer)

Boa tarde, sem dor de barriga.

sexta-feira, agosto 20, 2010

O que eu quero... Sossego!

     Quinta-feira, volta pra casa depois de mais um dia de aula na faculdade. Seria mais uma quinta-feira normal se não fosse por um fato inusitado: Um raio caiu duas vezes no mesmo local.
     Mas, como assim? Eu explico.
     Minhas amigas e eu, e um bate-pato descontraído dentro do ônibus, fazíamos piada sobre o assalto que sofremos no final do mês passado, dentro do ônibus. Eu dizia que iria confeccionar uma camiseta com os dizeres: "Não me assalte. Sou Professora!". Entre gargalhadas, minha amiga Aline disse: "-Ah, então vou fazer uma assim: 'Não me assalte, sou operadora de fotocopiadora!'
     Enfim, tentamos amenizar um pouco esse fato que foi tão traumatizante para nós. Para se ter uma ideia, toda vez  que o ônibus em que estamos passa pelo ponto no qual os bandidos subiram, eu fico observando quem está no ponto, e quem vai subir. Dessa vez, minha "visão de águia" falhou, e eu não soube interpretar minha intuição.
    Pegamos o ônibus por volta de 21:20h, no ponto em frente a faculdade. Ônibus cheio, oba! Porque ônibus vazio é sinal de risco (Nunca viajamos tão felizes como sardinha em lata!). Fui a primeira a passar pela roleta, e até agora me sinto culpada por isso. Havia um homem sentado de frente para o cobrador, e ao encará-lo, fui acometida de um arrepio tenebroso. Achei que era gripe, e encostei para que as minhas amigas passassem para a parte de trás do ônibus. Mais ninguém viu o cara.
     Fomos todas para a traseira do ônibus e começamos a conversar sobre as camisetas já mencionadas. Passamos pelo ponto onde subiram os bandidos da outra vez. Ufa! Ninguém subiu. Mas esse alívio durou pouco. Logo que o ônibus saiu do ponto, os caras anunciaram o assalto. O cara, aquele que me deu arrepio, era o mesmo bandido que eu não reconheci (eu não conseguia lembrar da cara de nenhum deles, que eram três. Acho que foi um mecanismo de defesa do meu cérebro). Minha amiga Gê, que estava sentada ao meu lado só conseguiu soltar um "-Ah, não, de novo não!"  e nós começamos a esconder tudo o que podíamos. Dessa vez, do nosso grupo só a Gê foi roubada. Levaram a mochila dela inteira outra vez (mochila que ela havia comprado no dia anterior, pois os mesmos bandidos levaram a outra). Desta vez eles levaram os documentos dela. E lá foi ela parar na delegacia outra vez.
     Enfim, da primeira vez melevaram a bolsa com o meu fichário, uma apostila, canetas, meu chaveiro eum aparelho bem velhinho de mp3. Da Gê levaram a mochila inteira, com livros que ela nem tinha quitado ainda, cadernos, remédio...
     O que mais está me remoendo é a culpa de ter passado primeiro naquela bendita roleta e ter tapado com o meu corpo a cara do desgraçado! Se a Aline tivesse passado primeiro, ela o teria reconhecido e nós não seríamos novamente vítimas desse pesadelo!
     Estamos apavoradas. Este é o termo certo. Pavor. E eu mais ainda. Tenho a sensação de que o cara me reconheceu, por conta da encarada que originou o arrepio. Agora temos de arrumar uma alternativa para voltarmos da faculdade. Aquele ônibus, na volta, eu não pego mais!
     O que mais me irrita e me enoja é o fata de assaltar trabalhadores e estudantes, que voltam pra casa depois de mais um dia de labuta (por que não vão para Brasília, roubar quem realmente tem dinheiro neste país?)... Pra quê levar cadernos e livros? Sim, porque, pela quantidade de material didático que os caras levaram, a essa altura já são PhD...
     Ser assaltada com suas amigas já é uma história a ser lembrada pelo resto da vida. Mas o que dizer quando se é testemunha de que um raio cai sim, infelizmente, duas vezes no mesmo lugar?

quarta-feira, agosto 18, 2010

Faxina Geral

      Quase um ano sem postar, e está mais do que na hora deste blog passar por uma faxina geral.
      Não é por falta de vontade, nem por falta de criatividade, mas atualizar este blog virou uma missão quase impossível em virtude dos inúmeros trabalhos da faculdade.
      Prometo que tentarei manter uma constância nas atualizações.

     Ah, estamos finalizando o blog da Folha Urbana Virtual. Será um espaço bem bacana, não deixe de conferir. Em breve trago mais informações.
      Assim que der eu volto.

                                                    Té++++!

sábado, outubro 03, 2009

Hoje



Hoje

Hoje, já não sou mais a mesma menina:
Ingênua, boba, encucada e insegura,
Hoje, imponho minha vontade,
Sou mulher, sou guerreira, sou corajosa.
Hoje, choro somente de alegria, de saudade e de emoção,
E não mais de tristeza, ódio e solidão.

Hoje, descobri que o melhor remédio para o sofrimento é a família;
Eu conheci a dor de perder uma,
E conheci o orgulho de construir outra.

Hoje, aprendi a trocar o desânimo por beijos;
Hoje, aprendi a curar a tristeza com um sorriso.
Hoje, aprendi o significado da palavra amigo.

Hoje, as esperanças do futuro não são tão ásperas;
E a cada dia tenho menos medo de fraquejar.
Hoje, transformei a tristeza em saudade,
O ódio em perdão e o medo em coragem.
Hoje, sei que vai chegar o meu dia,
E que o passado não passa, ele te acompanha.
Hoje, sei como usar minhas esperanças e temores a meu favor.

Hoje, tenho certeza de que tudo tem o seu tempo.
Hoje, é com carinho e saudade que lembro
Dos meus sonhos de pequena
Da médica, da professora e bombeira
E a primeira mulher presidente brasileira,
Onde me agarro e tiro garra
Para buscar o que ainda não consegui conquistar.

Hoje, tenho a consciência
De que não pude fazer tudo o que eu quis;
E tudo o que eu pude fazer eu fiz.
Antecipei algumas fases da vida, adiei outras...
Mas hoje, tenho certeza, eu sou mais feliz.

(02/10/09)