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sábado, outubro 03, 2009

Hoje



Hoje

Hoje, já não sou mais a mesma menina:
Ingênua, boba, encucada e insegura,
Hoje, imponho minha vontade,
Sou mulher, sou guerreira, sou corajosa.
Hoje, choro somente de alegria, de saudade e de emoção,
E não mais de tristeza, ódio e solidão.

Hoje, descobri que o melhor remédio para o sofrimento é a família;
Eu conheci a dor de perder uma,
E conheci o orgulho de construir outra.

Hoje, aprendi a trocar o desânimo por beijos;
Hoje, aprendi a curar a tristeza com um sorriso.
Hoje, aprendi o significado da palavra amigo.

Hoje, as esperanças do futuro não são tão ásperas;
E a cada dia tenho menos medo de fraquejar.
Hoje, transformei a tristeza em saudade,
O ódio em perdão e o medo em coragem.
Hoje, sei que vai chegar o meu dia,
E que o passado não passa, ele te acompanha.
Hoje, sei como usar minhas esperanças e temores a meu favor.

Hoje, tenho certeza de que tudo tem o seu tempo.
Hoje, é com carinho e saudade que lembro
Dos meus sonhos de pequena
Da médica, da professora e bombeira
E a primeira mulher presidente brasileira,
Onde me agarro e tiro garra
Para buscar o que ainda não consegui conquistar.

Hoje, tenho a consciência
De que não pude fazer tudo o que eu quis;
E tudo o que eu pude fazer eu fiz.
Antecipei algumas fases da vida, adiei outras...
Mas hoje, tenho certeza, eu sou mais feliz.

(02/10/09)


terça-feira, janeiro 13, 2009

A volta do Boêmio

Boemia, aqui me tens de regresso...

Pois é, depois de um longo recesso estou de volta por aqui. Andei meio sem saco e sem tempo para blog, mas graças a um grande amigo meu, percebi que aqui é um belo espaço para se desabafar. Valeu, Fê!
Estou passando por uma nova fase na minha vida e gostaria de usar o Budega sempre que quiser falar sobre uma descoberta ou acontecimento importante. Aliás, essa é verdadeira função de um blog, certo?
Mas é uma pena que eu volte, depois de tanto tempo, por causa de um assunto tão terrível.
Nessa época do ano, acordamos a cada dia com a sensação de que tudo será diferente, e que o ano novo nos reserva compensações pelas perdas e tristezas do ano que foi embora. Infelizmente não é bem assim.
É muito difícil ficar indiferente com o que acontece em Israel. Uma guerra que já dura tanto tempo, que é difícil saber quando vai ter fim. É inconcebível que nos dias de hoje ainda se tenha de resolver as coisas desse jeito. O homem evolui tanto em tantas coisas, mas ainda não compreende que o domínio da palavra e da diplomacia é mais importante do que qualquer plano de ataque. O homem não sabe usar a arma mais poderosa que nós temos: O diálogo.


Em 18 dias de ataque, só na palestina já são 919 mortos, entre eles 277 crianças! Se as crianças são o futuro de uma nação, tenho medo do futuro que nos espera. Uma criança que vê o tempo todo gente sendo morta, tendo de ficar escondida dentro de casa, sem água, sem luz, sem comida, vai querer o que, quando crescer? Se nós, adultos, não entendemos o porquê disso tudo, imagine uma criança...
Continuo acreditando que dias melhores virão. Ainda acredito em Deus. Ainda acredito no ser humano. Ainda acredito na paz.
-Mas até quando?



Té+++